sábado, 27 de agosto de 2011

Aviva ó Senhor!


A palavra avivamento tem diversos conceitos entre nós, conceitos que assemelham-se e que também divergem-se.
O profeta Habacuque no livro que carrega o seu nome diz: "Ouvi, Senhor, a tua palavra, e temi; aviva, ó Senhor, a tua obra nos meios dos anos, no meio dos anos a notifica; na tua ira lembra-te da tua misericórdia. (Hc 3.2)".
Quando leio essa passagem vem ao meu coração certa compreensão sobre ela. O profeta sabia que quando começamos algo sempre o começamos com uma empolgação alto estimada e eufórica, no entanto quando a euforia do começo passa e chegamos ao meio desse algo, somos tendenciosos a cansar, esmorecer, fraquejar e querer parar[1]. Por isso ele ora ao Senhor de uma forma veemente: "aviva, ó Senhor, a tua obra nos meios dos anos,". A propriedade com que ele fala é fundamentada no ambiente em que vive. Os últimos quatro reis de Judá eram homens ímpios e rejeitaram a Deus (lembrando que Habacuque foi profeta em Judá). Tanto é que no inicio do seu livro ele diz: "Até quando, Senhor, clamarei eu, e tu não me escutarás? Gritarei: Violência! e não salvarás? (Hc 1.2)". Em todo o decurso do seu livro vemos o seu discurso mudar. Inicialmente ele questiona a Deus, como foi posto logo a cima, justamente pelo desvio dos reis que passaram em Judá, logo após ele muda o seu discurso de um questionamento para uma oração (cap. 3 vers. 2). Também ciente do cativeiro que estava à espera do povo de Judá. Ou seja, encontravam-se como no meio dos anos.
Quase tudo que acontece ao nosso redor, vida secular, trabalho, amizades entre outros, cooperam para que haja em nossas vidas a ausência de avivamento. Somos bombardeados corriqueiramente por informações seculares que nos tira a atenção que outrora estava voltada ao Pai. Isso faz com que a chama que inicialmente ardia em nosso peito (o desejo de buscar a Deus) com o passar do tempo se apague.
Mas o profeta Habacuque nos dar um exemplo de perseverança, fé e esperança em Deus quando ele diz: “porquanto, ainda que a figueira não floresça, nem haja fruto na vide; o produto da oliveira minta, e os campos não produzam mantimento; as ovelhas da malhada sejam arrebatadas, e nos curras não haja vacas, todavia, eu me alegrarei no senhor, exultarei no Deus da minha salvação. JEOVÁ, o Senhor, é minha força,”(Hc 3.17-19). Ou seja, nada seria capaz de abater a fé de Habacuque! Nada tiraria da vida dele a confiança no Senhor!
E a sua vida como é que anda? Será que ela tá como no começo dos anos (Arrebatado por um desejo ardente de buscar a Deus que sente prazer até em ler o livro de Números assim como também toda genealogia bíblica), ou tá como no meio dos anos (sem sentir sequer vontade de ir à igreja)?
O salmista, sábio, pregador e rei Salomão fala algo muito relevante em um dos seus livros. “Melhor é o fim das coisas do que o princípio delas;” (Ec 7.8).
O meio dos anos pode até ser difícil, frustrante, pesado e desmotivador. No entanto, ele passa. Não desista, continue, persevere, mesmo que muitas vezes pense que o Senhor não está te ouvindo nem te vendo. Faça como fez o profeta Habacuque, peça um avivamento sobre a sua vida e se tudo parecer desmoronar sobre ela, diga: ainda que tudo me falte (até as minhas forças) eu me alegrarei no senhor, e exultarei no Deus da minha salvação. JEUVÁ, o Senhor, é a minha força.
Nunca pare de caminhar...
Lembre-se. Melhor é o fim das coisas do que o princípio delas;

“O teu princípio, na verdade, terá sido pequeno, porém o teu último estado crescerá em extremo(Jó 8,7)
Weskley Jakson.
19/08/2011


[1] Baseado no sermão do Diácono Rosenberg.